terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amor e Outras Drogas

Tava louca pra ver Love and Other Drugs, basicamente porque era com a Anne Hathaway e eu adoro ela.  Confirmando minhas expectativas, ela tava linda e atuando super bem. O papel dela, para variar era inteligente (e com uma pitada de loucura); só podia dar certo, e deu. Jake Gyllenhaal, um representante comercial da industria farmacêutica também está bem em seu papel.


Bom, dando uma resumida na história, o filme mostra o romance de dois jovens que não são perfeitamente saudáveis. Ela tem parkinson e ele dda. E, paralelamente ele representa a Pfizer. Um filme que quando acaba parece uma comédia romântica light (afinal, ele acaba com Fidelity da Regina Spektor), mas que tem cenas que podem incomodar....

O X da questão é a Pfizer. Aliáis, não só a Pfizer mas também o Prozac (da Lilly). Jamie (Jake Gyllenhaal) após perceber que sua "carreira" anterior não vai dar em nada resolve se inscrever no programa da Pfizer para representante comercial. E ai o show começa. É o que chamamos em comunicação de Product Placement. Quero deixar claro que não estamos falando do merchandising que vemos nas novelas, em que o produto é inserido na trama do nada, alguém elogia e o produto sai de cena. Product Placement é a forma de "colocar" o produto na trama, o que foi feito com a Helman's e a Grade Família, lembram? Pois é, é como se o filme tivesse sido feito pra Pfizer, e foi. Sem palavras para dizer o quão bem feito foi.

Os roteiristas souberam como adaptar os produtos ao filme, afinal, não era apenas a Pfizer que estava sendo representada, era a marca mais três de seus produtos e Prozac, seu concorrente! As qualidades dos remédios são exaltadas ao longo dos diálogos, seus benefícios para pacientes e médicos aparecem nas falas de Jamie e outros personagens. Toda a trama se baseia na trajetória do representante comercial. As cenas ocorrem não só com o casal no apartamento de ambos mas principalmente nas salas de espera de consultórios, durante consultas, nas convenções da empresa. Até mesmo o diálogo entre o casal inclui os benefícios de cada remédio. É interessante ver também que em uma das cenas um possível efeito colateral do remédio aparece. Ou seja, nada daquele papinho só de como o produto é lindo e maravilhoso.


Há inclusive uma crítica ao sistema de venda de produtos adotado pela indústria farmacêutica.

Então, além de ser um ótimo filme, ele dá show no quesito comunicação e entretenimento.

#ficaadica

Nenhum comentário:

Postar um comentário